segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Anatomia da mensagem visual

(figura do corpo humano, mais propriamente a anatomia)


Expressamos e recebemos mensagens visuais em três níveis: o representacional – aquilo que vemos e identificamos com base no meio ambiente e na experiência; o abstracto – a qualidade cinestésica de um fato visual reduzido a seus componentes visuais básicos e elementares, enfatizando os meios mais directos, emocionais e mesmo primitivos da criação de mensagens; e o simbólico – o vasto universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou arbitrariamente e ao qual atribuiu significados. Todos esses níveis de resgate de informações são interligados e se sobrepõem, mas é possível estabelecer distinções suficientes entre eles, de tal modo que possam ser analisados tanto em termos de seu valor como táctica potencial para a criação de mensagens quanto em termos de sua qualidade no processo de visão.

2 Módulo- prespecção visual

Introdução ao alfabeto visual/carácter e conteúdo

O alfabeto visual consiste em várias parte, como as que passo a citar:

·

Linha – a linha é uma marca contínua ou com aparência de contínua. Quando é traçada com a ajuda de qualquer instrumento sobre uma superfície, chama-se linha gráfica e é o sinal mais versátil, pois pode sugerir movimento e ritmo, comunicar sentimentos e sensações.

·

Superfície e textura – quando observamos uma superfície, percebemos que suas características podem ser diferentes da impressão que nos deu a primeira vista. Uma superfície aparentemente lisa pode se mostrar, vista por meio de uma lente, com outra personalidade: enrugada, crespada, aveludada, acetinada, ondulada, entre outras.

· Cor – Quando a luz atinge um objecto, uma parte dos raios luminosos é absorvida pelo objecto e se transforma em calor enquanto a outra parte, é reflectida e atinge nossa visão.

· Luz, sombra, volume – quando há luz, há sombra, essa conjunção de dois elementos permite a percepção do volume, luz e sombra são companheiros inseparáveis.O contraste entre luz e sombra é chamado de efeito claro – escuro. Os artistas da Renascença utilizaram esses efeitos por meio da técnica do esfumato, que dá a pintura as gradações estabelecidas pela luz.



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Design e comunicação - novo cenário urbano séc XIX e XX Design

Design

Denomina-se design qualquer processo técnico e criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefacto. Esse processo normalmente é orientado por uma intenção ou objectivo, ou para a solução de um problema.

Design é também a profissão que projecta os artefactos. Existem diversas especializações, de acordo com o tipo de coisa a projetar. Actualmente os mais comum são o produto, design, design de moda e o design de interiores. O profissional que trabalha na área de design é chamado de designer.

O design pode ser também uma qualidade daquilo que foi projectado.

O termo deriva, originalmente, de designare, palavra em latim, sendo mais tarde adaptado para o inglês design. Houve uma série de tentativas de tradução do termo, mas os possíveis nomes como projectiva industrial acabaram em desuso.


Comunicação

Comunicação é um campo de conhecimento académico que estuda os processos de comunicação humana. Entre as sub-disciplinas da comunicação, incluem-se a teoria da informação, comunicação inter-pessoal, comunicação interpessoal, marketing, propaganda, públicas, análise, telecomunicações e jornalismo.

Também se entende a comunicação como o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objectos. Deste ponto de vista, a comunicação inclui temas técnicos (por exemplo, a telecomunicação), biológicos (por exemplo, fisiologia, função e evolução) e sociais (por exemplo, jornalismo, relações públicas, publicidade, audiovisual e meios de comunicação de massas).

O mundo multinacional - a comunicação universal – a aldeia global


O conceito de "aldeia global", criado pelo sociólogo canadense Marshall Mcluhan, quer dizer que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. Marshall McLuhan foi o primeiro filósofo das transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica do computador e das telecomunicações. Como paradigma da aldeia global, ele elegeu a televisão, um meio de comunicação de massa em nível internacional, que começava a ser integrado via satélite. Esqueceu, no entanto, que as formas de comunicação da aldeia são essencialmente bidireccionais e entre dois indivíduos. Somente agora, com o celular e a internet é que o conceito começa a se concretizar.

Essa profunda interligação entre todas as regiões do globo originaria uma poderosa teia de dependências mútuas e, desse modo, promoveria a solidariedade e a luta pelos mesmos ideais, ao nível, por exemplo da ecologia e da economia, em prol do desenvolvimento sustentável da Terra, superfície e habitat desta "aldeia global".

Na verdade, trata-se mais de um conceito filosófico e utópico do que real.

A Aldeia Global de McLuhan contém a ideia de uma inocência arcadiana, do mesmo modo que a fronteira electrónica nos remete para a imagem da "verdadeira" América dada pelo "Marlboro Man", ameaçada ou arruinada por decrépitos vigaristas urbanos e pelos seus ideais socialistas. A realidade por detrás da metáfora da Auto-estrada da Informação não é a Aldeia Global, mas antes o Subúrbio Global.

McLuhan afirma que vivemos numa aldeia global, um acontecimento simultâneo em que o tempo e o espaço desapareceram. Os médios electrónicos envolvem-nos a todos. Aí, ele declara que os médios electrónicos estão a pôr-nos de novo em contacto com as emoções tribais de que a imprensa nos tinha divorciado.

Não só se encontra aí uma nova visão multissensorial do mundo, mas agora também pessoas de qualquer parte deste podem comunicar como se vivessem numa aldeia. Rheingold fala mesmo na formação de verdadeiras comunidades virtuais, cuja constituição tem vindo a ser facilitada pela explosão da internet. Esta explosão leva-nos muito além de todas as expectativas, com a criação de sites inteligentes, que parecem reconhecer o utilizador na sua singularidade, com processos que nos permitem navegar a três dimensões, esforçando-se por transportar o real para dentro da virtualidade da Rede, abrindo novas perspectivas às áreas da educação, do entretenimento, da comunicação, contribuindo enfim para a criação da sociedade aberta.

O modernismo - De Toufouse Làutrec à Bauhaus.



Chama-se genericamente modernismo (ou movimento moderno) o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX. Apesar de ser possível encontrar pontos de convergência entre os vários movimentos, eles em geral se diferenciam e até mesmo se antagonizam.

Encaixam-se nesta classificação a literatura, a arquitectura, design, pintura, escultura, teatro e a musicas modernas.

O movimento moderno baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida quotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura.

O modernismo é uma corrente artística que surgiu na última década do século XIX, como resposta às consequências da industrialização, revalorizando a arte e sua forma de realização: manual. O nome deste movimento deve-se à loja que o alemão Samuel Bing abriu em Paris no ano de 1895: Art Nouveau.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A industrialização e organização industrial do séc XVIII e XIX, o movimento das Arts and Crafts.


Arts and Crafts é um movimento estético e social inglês, da segunda metade do século XIX, que defende o artesanato criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa.

Reunindo teóricos e artistas, o movimento busca revalorizar o trabalho manual e recupera a dimensão estética dos objectos produzidos industrialmente para uso quotidiano.

Em 1861, é fundada a Morris, Marshall, Faulkner & Co., especializada em mobiliário e decoração em geral: vidros, tapeçarias etc. O sucesso da empresa pode ser aferido por sua ampla e duradoura produção.

Dissolvida em 1874, deixa sua marca, seja nos padrões de Morris para papéis de parede e naqueles ideais por Mackmurdo, seja nos trabalhos gráficos de Walter Crane, pioneiro da editoração popular. Em 1871, a Guilda de S. Jorge, planejada por Morris, representa mais uma tentativa de conjugar ensino de arte e nova forma de organização do trabalho. Tal experiência frutifica em outras, como na Guilda de Trabalhadores de Arte (1884) e na Guilda de Artesanato (1888).

A partir de 1890, o Movimento de Artes e Ofícios liga-se ao estilo internacional do art noveau espalhando-se por toda a Europa: Alemanha, Países Baixos, Áustria e Escandinávia. Ainda que um sucessor do movimento inglês, o art nouveau possui filosofia um pouco distinta.


O Star System e o sonho americano

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O sistema estelar foi o método de criação, promoção e exploração de estrelas de cinema em clássicos do cinema de Hollywood. Estúdios iriam seleccionar jovens actores e promissores par criarem pessoas/outra identidade para eles. Muitas vezes inventando novos nomes e até mesmo novos horizontes.

O sistema de estrelas pôs a ênfase na imagem, em vez de agir, apesar de aulas de actuação discreta, voz e dança era uma parte comum do regime. As mulheres deviam se comportar como senhoras, nunca mais sair de casa sem maquilhagem e roupas elegantes. Os homens deviam ser visto em público, como cavalheiros.

Nos primeiros anos do cinema (1890-1900), os artistas não foram identificados nos filmes. Há duas razões principais para explicar tal coisa:

  • Os produtores temiam que os actores ganhassem mais prestígio e poder e exigir mais dinheiro.
  • Uma das habilidades dos actores principais era a sua voz, o que origina que eles tivessem medo que aparecer em filmes iria arruinar

O cinema Expressionista alemão


O período de 15 anos que decorreu entre a revolução de Novembro de 1918 e a ascensão de Hitler ao poder, em Janeiro de 1933, é conhecido na história alemã como a época da Cultura de Weimar. Foi um momento muito especial no qual um clima derrotista e depressivo, resultante do desastre militar de 1918, coexistiu com a extrema criatividade artística e intelectual.

O expressionismo tem raízes na pintura, surgindo por volta de 1910 e foi rapidamente adoptado pelo teatro, pela literatura e pela arquitectura. Esta corrente influenciava as reacções emocionais do artista opondo-se à visão tradicional segundo a qual o artista se devia esforçar para reproduzir fielmente apenas a aparência natural do objecto do seu trabalho.

O expressionismo no cinema alemão começa em 1919, com o célebre filme de Robert Wiene: "O Gabinete do Doutor Caligari". Caligari transporta-nos para um mundo de puro pesadelo que coincide com a instabilidade política do momento: muros cheios de grafittis, prédios inclinados, panos de fundo desbotados de onde se destacam figuras geométricas abruptas e personagens alucinadas.

O horror, o fantástico e o crime eram os temas dominantes do expressionismo.

Os filmes expressionistas foram produzidos apenas durante alguns anos, no entanto os seus temas foram integrados em filmes posteriores resultando no controlo artístico do cenário, luz e sombra de forma a acentuar a atmosfera do filme.





terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Cinema Americano e as novas narrativas (Griffith e Porter)



D.M. Griffith

David Llewelyn Wark Griffith, geralmente conhecido por D.W. Griffith , era um director estadunidense. É mais conhecido pelo seu controverso filme "O nascimento de uma nação".

Começou sua carreira como um próspero dramaturgo mas não conseguiu sucesso. Depois se tornou actor. Encontrando seu caminho no cinema, em pouco tempo dirigia um grande corpo de trabalho.

A sua nova empresa tornou-se um parceiro autónomo de produção na Triangle Pictures Corporation com os Keyston Studios e Thomas Ince. Através do David W. Griffith Corp, ele produziu "O nascimento de uma nação" (1915).

O Nascimento de Uma Nação foi extremamente popular mas expressava a visão racista da época. A parceria terminou em 1917, então Griffith foi para a ArtCraft, depois para a First nacional (1919-1920). Ao mesmo tempo fundou a United Artists, junto com Charles Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbanks.

Na primeira viagem de Griffith para a California, ele e sua empresa descobriram uma pequena vila para filmar. Esse lugar era conhecido como Hollywood. Com isso, American Mutoscope and Biograph Company foi a primeira empresa a filmar em Hollywood: In Old California (1910).

Apesar da United Artists ter sobrevivido como empresa, a ligação de Griffith com ela foi curta, e apesar de alguns de seus filmes posteriores serem bons, ele nunca mais conseguiu sucesso comercial.

Griffith fez apenas dois filmes com som, Abrham Linclon (1930) e The Struggle (1931). Nenhum foi bem sucedido e ele nunca mais fez filmes. Embora não tenha tido grande sucesso Griffith foi considerado o pai da gramática cinematográfico.


Michael Porter


As cinco forças de Porter

O modelo das Cinco Forças de Porter foi concebido por Michael Porter em 1979 e destina-se à análise da competição entre empresas. Considera cinco factores, as "forças" competitivas, que devem ser estudados para que se possa desenvolver uma estratégia empresarial eficiente. Porter refere-se a essas forças como micro ambiente, em contraste com o termo mais geral macro ambiente. Utilizam dessas forças em uma empresa que afecta a sua capacidade para servir os seus clientes e obter lucros. Uma mudança em qualquer uma das forças normalmente requer uma nova pesquisa (análise) para reavaliar o mercado.

Porter avalia que a estratégia competitiva de uma empresa deve aparecer a partir da abrangência das regras da concorrência que definem a atractividade de uma indústria.

As cinco forças são:

· - Rivalidade entre os concorrentes

· - Poder Negocial dos clientes

· - Poder Negocial dos fornecedores

· - Ameaça de Entrada de Novos Concorrentes

· - Ameaça de produtos substitutos

Pathé e Gaumont, a indústria cinematográfica


Pathé é um filme francês. Pathé Pathé Frères é o nome de empresas de base da indústria de cinema que levou, inicialmente os irmãos Charles e Emile Pathé, na França.

Inicialmente, em 1896, Pathé tinha quatro irmãos que reuniriam as suas economias (8.000 francos cada) para criar uma empresa para a venda de fonógrafos. Dois dos irmãos abandonaram esta parceria, pois agora seriam só dois irmãos, Charles e Emile Pathé, que iram promover o que se tornou a maior empresa de fonografia e o mundo do cinema. O principal arquitecto do sucesso do negócio do filme é Charles Pathé, pois tinha ajudado a abrir uma loja de gramofones em 1894 e, posteriormente, estabeleceu uma fábrica na vitrola. O seu sucesso industrial começou, quando ele viu as oportunidades oferecidas pelo novo entretenimento e, sobretudo pela indústria cinematográfica. Tendo tomado a decisão de expandir a sua actividade no fabrico de equipamento para cinema, Charles Pathé, com o cargo de preside o crescimento deu-se rapidamente, crescendo bastante a sua empresa. Ele recebeu o apoio decisivo do investidor, Grivolas, que irá fornecer capital de um milhão de francos, o que permitirá a expansão da empresa. Gaumont Film Company, é uma empresa de produção de cinema francês fundado em 1895 pelo engenheiro que virou inventor, Léon Gaumont (1864-1946). É a empresa de cinema mais antigo em funcionamento no mundo. Originalmente negociação de aparelhos fotográficos, a empresa começou a produzir curtas-metragens em 1897 para promover a sua marca de câmera-projetor. A empresa fabricou o seu próprio equipamento e filmes produzidos em massa até 1907.